Manutenção Preditiva

Tecnologias da quarta revolução industrial adequadamente empregadas abrem uma janela de oportunidade relevante para que os diversos setores da economia embarquem em iniciativas de eficiência, competitividade e inovação.

Visão Geral

As organizações brasileiras têm enfrentado um crescente desafio de se modernizar e embarcar na transformação digital de suas operações.

As tecnologias da quarta revolução industrial adequadamente empregadas, combinadas a uma forte onda de digitalização em função da Covid-19, abrem uma janela de oportunidade relevante para que os diversos setores da economia embarquem em iniciativas de eficiência, competitividade e inovação. Isso inclui o remanejamento das cadeias produtivas e a necessidade de regularizar a produção de insumos estratégicos. 

Neste contexto, uma infraestrutura confiável e consistente é um importante fator de sucesso. O conceito de manutenção preditiva permite impactos impressionantes nas operações, como a redução de:

25% a 30% nos custos de manutenção;

70% a 75% nas quebras;

35% a 45% no tempo de inatividade.

Sobre esses ganhos operacionais, considere-se também os ganhos de uma maior previsibilidade do negócio como um todo:

  • Melhoria de relacionamento com fornecedores e clientes;
  • Redução de estoques de partes e peças de reposição;
  • Previsibilidade de demanda que se reflete em melhor posição de compra de suprimentos.

 

Além disso, pode ser implementado em qualquer organização com uso intenso de ativos em sua cadeia de valor.

Situação atual

As organizações possuem diferentes ativos – máquinas e equipamentos – em diferentes estágios de utilização. A prática de manutenção, segue diferentes estágios evolutivos, sendo que a manutenção corretiva ainda é utilizada, porém o destaque é na modalidade preventiva. Controles são feitos em diferentes sistemas de informação ou ainda em planilhas.

No alcance organizacional, a baixa ou não utilização de dados constitui uma barreira para que os esforços de redução de custos, competitividade e eficiência sejam suficientes para possibilitar a evolução da organização.

Desafios 

  • O Brasil historicamente possui um parque industrial que tem perdido espaço. Na última década, o Brasil teve uma perda de cerca de 67% na sua participação na manufatura global, atingindo a mesma participação da década de 1970. 
  • Dificuldade em modernizar e digitalizar suas instalações para aproveitar esse cenário de mudanças. Para melhorar sua competitividade, é necessário, dentre outros fatores, a intensificação da utilização de tecnologias emergentes para o controle e execução de sua produção industrial e para gerar novos modelos de negócio
  • Escassez de orçamento e financiamentos específicos para a digitalização e o desenvolvimento de estratégias de manufatura inteligente e inovação em modelos de negócio. 
  • O foco das políticas de ciência, tecnologia e inovação tem sido no desenvolvimento das tecnologias e não na inovação em modelos de negócio, que apresenta mais risco mercadológico do que tecnológico. 
  • Esse estado causa impactos relevantes: Paradas não previstas; Compra emergencial de partes e peças de reposição ou manutenção de estoques; Quando programadas, as paradas preveem troca de partes e peças que ainda tem vida útil; No nível de negócio, as relações com fornecedores e clientes. 
  • A baixa coleta de dados dificulta a sua exploração para extrair valor, como modelos de predição para manutenção.
  • Os profissionais envolvidos com manutenção, não estão familiarizados com técnicas com a geração de análises complexas e as tecnologias de captação, tratamento e análise de dados. 
  • A cultura empresarial necessita ajustar-se para que profissionais e executivos passem a planejar, executar e decidir baseando-se em análises de dados.

Resultados

Guia de Manutenção Preditiva

O Guia apresenta o conceito de manutenção preditiva com o enfoque das tecnologias que habilitam a sua implantação, bem como os cuidados a serem tomados para um projeto bem-sucedido. Como pano de fundo, mantém a transformação digital, para que as organizações levem em consideração a necessidade de definir uma estratégia de adoção de tecnologia para obter um ambiente tecnológico consistente e integrado.

White paper em coautoria com o WEF

Se o Guia apresenta uma abordagem de adoção segura de tecnologia, essa publicação explora as lições aprendidas na execução do projeto e recomendações para políticas públicas para incentivo à modernização.

Quem participa do projeto

Academia e instituições de pesquisa
Especialistas/Consultores
Indústria
Entidades de classe
Governo
Sistema S
Outros Centros Afiliados (C4IR)