Compartilhamento e Abertura de Dados: impulsionando impacto social e desenvolvimento econômico

Como a abertura e o compartilhamento de dados podem incentivar a criação de soluções, políticas públicas, organizações e negócios, impulsionando o desenvolvimento econômico e impacto social no Brasil?

Visão Geral

O Brasil ainda não faz o uso de todo o seu potencial de dados. O C4IR Brasil busca incentivar o desenvolvimento de iniciativas voltadas para abertura e compartilhamento de dados que impulsionemsoluções para os setores públicos e privados.

Experiências internacionais demonstram que a abertura e compartilhamento de dados traz um enorme potencial de desenvolvimento econômico e social. Em 2019, a experiência da União Europeia em Open Datagerou um mercado de 184,45 bilhões de euros, com expectativa de chegar a mais de 330 bilhões em 2025. Esse crescimento também se refletiu no mercado de trabalho, onde se estima que foram criados mais de 1 milhões de empregos – diretos e indiretos – podendo chegar a entre a quase 2 milhões nos

Os setores beneficiados foram a administração pública, as ciências profissionais, o setor de informação e comunicação e de transporte e logística. Para os próximos anos, setores de alto potencial como agricultura, financeiro e de seguros, saúde, educação e imobiliário também vão reforçar a estratégia europeia abertura de dados.

No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (LAI), de 2011, deu o primeiro passo em direção a abertura de dados. No entanto, seu apelo foi mais direcionado ao controle social do Estado, dando mais transparência às suas ações. Mais recente, a Lei Geral de Proteção de Dados trouxe mais clareza e segurança ao cidadão sobre como seus dados podem e devem ser tratados. Apesar desses avanços, faltam iniciativas focadas na abertura de dados e as possibilidades de desenvolvimento econômico atreladas a ela.

Em geral, as bases de dados governamentais abertas são parciais, descentralizadas, sem padrão e de difícil integração. A baixa maturidade de governança de dados pelos órgãos públicos dificulta a abertura de dados, além de dificultarem o desenvolvimento de pesquisas, leitura de máquinas, políticas públicas e criação de serviços e produtos.

O Open Knowledge Brasil avaliou 136 bases de dados em 8 municípios brasileiros e constatou que apenas 25% delas estavam em pleno acordo com a definição de dados abertos. De modo geral, as bases de dados e os datasets são incompletos, há ausência da informação em formato aberto e faltam metadados, o que dificulta análises manuais ou de máquinas.

No setor privado já existem experiências maduras de compartilhamento de dados, notadamente nos setores de open banking e open finance, além de casos mais pontuais em setores como o de saúde. Apesar disto, segundo a McKinsey, apenas 12% das empresas executam bem suas práticas de dados e analytics – o que demonstra baixa maturidade de governança, empecilho significativo à uma cultura de dados compartilhados e abertos.

Resultados

Criação de proposta de política pública para incentivar o compartilhamento de dados no Brasil

Criação de um roteiro para a abertura e o compartilhamento de dados para impulsionar novas atividades econômicas e soluções e negócios sociais.

Quem participa do projeto

Academia e instituições de pesquisa
Instituições ligadas ao setor elétrico
Instituições do terceiro setor e sociedade civil organizada
Governo Federal
Instituições e organizações de saúde pública
Rede Global do C4IR